Uma pêra envenenada contracena com lábios carnudos e avermelhados.
Ascendo um cigarro e peço pra Janis Joplin cantar.
Bato os pés ritmicamente e esqueço da exaustão de outrora.
Tento flagrar minha ladroagem quando abro meu velho diário e evito a nostalgia.
Cortei meus cabelos e desejo mudar.
Costuro a bainha de uma blusa e junto com ela, sentimentos rasgados.
Meu rosto, aos poucos, retorna a sua normalidade.
Ainda não tive coragem de me interrogar frente ao espelho.
Fui corajoso e ao mesmo tempo covarde comigo mesmo.
Talvez a lua me oferte mais do que eu realmente espero dela.
A luz necessariamente se reflete na lagoa frente a minha janela.
Estou aqui. Figura humana decifrada.
Conheço-me por intermédio do outro.
C.
Ao som de Janis Joplin
4 comentários:
Meu espelho, ás vezes, é sincero demais...
Saudades de vc querido..vamos nos ver...logo...estou em uma ânsia por realizar minhas idéias...
te adoro
Uau!
Janis é tudo de bom!!
=]
Movo meu rosto do espelho, minha alma chora... e não vejo o rio de janeiro...
Novas letras no meu blog...
beijos
Postar um comentário